PRECES E MEDITAÇÕES

A MÃE

28 de novembro de 1912

Não é a vida exterior, a atividade de cada dia e de cada instante o complemento indispensável das horas de meditação e de contemplação? E não é a proporção do tempo dado a uma e à outra a imagem exata da proporção que existe entre a soma dos esforços a fazer para a preparação e para a realização ? Porque a meditação, a contemplação, a União, é o resultado obtido, a flor que desabrocha; ao passo que a atividade cotidiana é a bigorna sobre a qual devem passar e repassar todos os elementos para que eles sejam amaciados, purificados, refinados, tornados maduros para a iluminação que lhes é conferida pela contemplação. E é necessário que todos esses elementos, uns após os outros, sejam assim passados no cadinho antes que a atividade exterior não seja mais uma necessidade para o desenvolvimento integral. Essa atividade torna-se então o meio de manifestar-Te a fim de despertar outros centros de consciência para o mesmo trabalho duplo de forja e de iluminação. Eis porque o orgulho e a satisfação de si são os piores obstáculos. É muito modestamente que é necessário aproveitar todas as menores ocasiões dadas para modelar e purificar alguns desses inumeráveis elementos, amaciá-los, impersonalizá-los, ensinar-lhes o esquecimento de si, a abnegação, a dedicação, a bondade, a doçura; e quando todas essas maneiras de ser lhes forem costumeiras, então eles estarão prontos para participar da Contemplação e para identificar-se Contigo na Concentração suprema. Eis porque, mesmo para os melhores, o trabalho me parece deve ser longo e lento; e as conversões fulminantes me parecem não poder ser integrais. Elas mudam a orientação do ser e colocam-no definitivamente no caminho da retidão; mas, para alcançar verdadeiramente a meta, ninguém pode escapar às inumeráveis experiências de toda espécie e de cada instante. …

Ó Mestre Supremo que resplandeces em meu ser e em todas as coisas, que Tua Luz seja manifestada e que o reino de Tua paz venha para todos.